Hugo Marques dos Santos partilha com os leitores do Jornal Económico as suas perspectivas para a advocacia de negócios em 2025.
"Para 2025, fala-se de uma crise económica iminente, de uma ordem internacional que se irá desmoronar em consequência da guerra a leste, dos resultados de uma eleição ocorrida noutro continente, que as piores distopias de Orwell e de Atwood se irão concretizar; que a inteligência artificial irá mudar radicalmente o mundo. Contudo, parece-nos que nenhum desses cenários irá trazer uma grande mudança à advocacia em Portugal.
Não quer isto dizer que, a verificarem-se os cenários mais pessimistas, não existam impactos nesta área de actividade, apenas que, como em qualquer outra realidade económica complexa, a advocacia em Portugal é um colosso burocrático avesso às mudanças e que procura as soluções que já conhece.
Crises anteriores, fizeram com que houvesse maior procura em determinadas áreas jurídicas em detrimento de outras, mas o conflito sempre marcou a actividade humana e a necessidade de recorrer a um advogado continuará a existir. Poderá haver mais ou menos procura de serviços jurídicos, mas a actividade, como um todo, não sofrerá uma alteração profunda a curto prazo.
Mesmo a “ameaça” da inteligência artificial tem vindo a ser incorporada lentamente no mundo da advocacia e os seus benefícios/malefícios apenas se irão começar a revelar lentamente. Assim e em síntese, parece-nos que 2025 será um continuar do que foi 2024."
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